Pecuária leiteira: irrigação, adubos e ordenha

05/11/2005

A pecuária leiteira deverá se adequar às novas normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Entra em vigor neste dia 1º de julho a Instrução Normativa 51, regulamentando a produção do leite de modo a aperfeiçoar e padronizar a qualidade do leite nacional, atendendo ao Código de Defesa do Consumidor.

A mudança exigirá a modernização do setor, exigindo por exemplo o uso de ordenhadeiras mecânicas e tanques resfriadores e obrigando ainda os pecuaristas à fazerem investimentos em suas propriedades.

A adequação à legislação representa mais investimentos ao produtor e ele deve estar preparado para isso ou se adequar à esta nova realidade, que é a da necessidade de ganhos freqüentes de produtividade para se manter a lucratividade do seu negócio.

No caso específico da pecuária leiteira, a combinação de pastejo rotacionado, irrigação e adubação tem resultado em ganhos significativos à atividade. Tanto os resultados práticos na região, que tem assistido a pequena propriedade sendo novamente viabilizada com a combinação destas técnicas de produção, como as pesquisas também comprovam que o uso da irrigação e adubação leva à ganhos significativos na produção de capim.

Estudos da UNESP Ilha Solteira com irrigação e adubação nitrogenada em capim mombaça evidenciaram a possibilidade de se chegar a uma produção diária de até 127 quilos de matéria seca por hectare (meses de outubro e novembro) utilizando irrigação e adubação, garantindo uma maior lotação ao pasto e comprovando que o investimento em irrigação garante retorno econômico.

Sintonizada com as mudanças na legislação e com o mercado, a IRRIGATERRA, tradicional empresa de projetos e instalação de sistemas de irrigação participa agora ainda mais atentamente do setor ligado à pecuária leiteira, agregando ordenhadeiras e tanques de resfriamento à sua linha de atuação. Não basta somente produzir, o que a irrigação tem garantido aos irrigantes, mas também perfazer lucros com a atividade e as ordenhadeiras automáticas, além de atender a legislação em vigor, garante a otimização dos fatores de produção.

Como exemplo temos que o sistema mecânico para retirada do leite viabiliza a ordenha duas vezes ao dia, uma pela manhã e a outra à tarde. Com a tecnologia, um rebanho de 40 vacas é trabalhado no máximo em 1,5 horas, sendo a metade de tempo utilizado no sistema manual.

Acreditamos que a modernização dos fatores de produção é o único meio realista de se manter uma atividade econômica e a combinação de irrigação, adubação e pastejo rotacionado, aliado ao uso de ordenhadeiras mecânicas e tanques de resfriamento é um dos caminhos para o sucesso da pecuária leiteira e nos orgulhamos de participar deste processo.
Marcelo Akira Suzuki, Engenheiro Agrônomo pela UNESP Ilha Solteira e Gerente Comercial da IRRIGATERRA.

Marcelo Akira Suzuki. AgroRegional, Votuporanga, Edição 60 – Especial, 05 de novembro de 2005, p. A.2.

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