Fazer irrigação à noite pode trazer economia de até 70% no valor da tarifa

12/12/2004

O Coordenador da Área de Hidráulica e Irrigação da UNESP Ilha Solteira, Fernando Braz Tangerino Hernandez, afirmou que uma maneira de reduzir o valor pago pelo consumo de energia elétrica é utilizar o horário noturno. “Fazer irrigação à noite pode trazer economia de até 70% no valor da tarifa.
O sócio gerente da IRRIGATERRA, Marcelo Akira Suzuki, afirmou que as tarifas reduzidas são cobradas das 21h30 às 6 horas.
Ao reduzir a tarifa, as concessionárias estimulam a utilização do sistema fora do horário de pico de consumo, que vai das, 17h30 às 21h30.
Para Tangerino, a irrigação noturna é facilitada quando o irrigante dispôe de sitemas automatizados ou de baixa precipitação, qua não necessitam de mão-de-obra.
Suzuki disse que o produtor pode solicitar a visita de um técnico da concessionária de energia à propriedade para análise do projeto.
Além da redução do valor cobrado na tarifa de enegia, o produtor pode ser beneficiado com linhas de crédito para compra e instalação de equipamentos e custos com instalações para a medição da energia, que podem ser parcelados em até 24 meses, sem juros.
Outra vantagem da irrigação realizada no período noturno é ganho em eficiência que ela representa, já que a perda de água para a atmosfera diminui pois, à noite, a umidade relativa do ar é maior e a velocidade do vento é geralmente menor do que durante o dia.

Sistemas recomendados por cultura
Irrigação localizada: Sistemas baseados em microaspersão e gotejamento são os mais caros para implantar. Tem como vantagem o reduzido custo operacional com menor consumo de água e de energia elétrica. É também o mais eficiente na fertirrigação já que os nutrientes são aplicados em pequena área de absorção sob a copa. Usada preferencialmente em futicultura, heveicultrua e cafeicultura, pode ser utilzada também em horticultura. Reduz a umidade no local irrigado o que contribui para reduzir a ação de fungos e outros microorganismos.

Aspersão convecional: Tem menor custo de implantação por hectare em relação a irrigação localizada e pivô central. Ulilizada para irrigação em pequenas áreas de grãos, horticultura e pecuária intensiva, como produção de leite em pastos piqueteados. Recomendada para propriedades com até 10 hectares. Por necessitar de maior pressão para distribuição da água tem consumo maior de energia e de água que sistemas localizados.

Aspersão pivô central: Tem elevado custo de instalação por hectare e é utilizada no plantio de grãos como algodão, milho, soja, sorgo e pastagem destinada à pecuária de corte. Com braços de até 650 metros de comprimento, apoiados sobre rodas peneumáticas, pode ser utilizada em áreas que oscilam entre 20 e 120 hectares. Possui custo operacional elevado com alto consumo de energia e de água. Suporta inclinações de até 15 graus.

Aspersão por canhão: Com menor custo de implantação em relação à irrigação e à aspersão com pivô central vem perdendo espaço na região pelo algo custo operacional já que requer motores com maior potência para distribuir àgua à grandes distâncias. Também é o sistema com maior consumo de água e o que mais sofre efeitos do vento e da evaporação. No entanto, devido à mobilidade, o sistema de irrigação com canhão com carretel enrolador é muito usado em àreas cultivadas com cana-de-açúcar.

CUSTO DE SISTEMA DE IRRIGAÇÃO POR HECTARE
tabela irrigacao

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