Evento contou com a participação da empresa IRRIGATERRA, que viabilizou dinâmicas voltadas ao manejo na ordenha e ao manejo sanitário.
Fernandópolis – 05 de novembro de 2005 – Produtores de leite da região participaram, no dia 5 de novembro, no recinto de exposições de Fernandópolis, do 2º Encontro Regional de Cooperativismo da Cadeia Leiteira. O evento, realizado pelo SEBRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) com apoio da CATI (Coordenadoria de Assistência Técnica Integrada), Prefeitura de Fernandópolis e Sindicato Rural de Fernandópolis, reuniu aproximadamente 600 pessoas.
O objetivo foi propiciar aos produtores maiores conhecimentos sobre os assuntos ligados ao setor. Entre os presentes, estavam Rodrigo SantAnna Alvim, presidente da Câmara Setorial do Ministério da Agricultura, que proferiu palestra sobre o cenário do setor de leite e derivados no Brasil e no mundo; Guilherme Nunes de Souza, da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), que orientou os participantes a produzir leite com qualidade segundo a Instrução Normativa 51; Fábio Meirelles, presidente da Faesp (Federação da Agricultura do Estado de São Paulo), Fábio Ravazi Gerlach, gerente do Sebrae Votuporangaa; José Carlos Rossetti, coordenador geral da Cati; Carlos Dias Barbosa, representante do Grupo de Lideranças do Leite DA Região de Fernandópolis e Ruy Okuma, prefeito de Fernandópolis.
Além das palestras, o Encontro incluiu dinâmicas voltadas ao manejo na ordenha e ao manejo sanitário, viabilizadas pela IRRIGATERRA, através dos produtos Kepler Weber. O Encontro abriu ainda um espaço para exposição de produtos e serviços referentes à pecuária leiteira. A IRRIGATERRA manteve dois estandes para mostra e comercialização de equipamentos para irrigação, ordenhadeiras e tanques resfriadores. A IRRIGATERRA se diferencia no mercado porque sempre mantém contato direto com os seus clientes e possíveis clientes. Estamos presentes em encontros, feiras e exposições, comenta Marcelo Suzuki, gerente comercial da empresa.
Referência tradicional na área de irrigação, agora a IRRIGATERRA investe também na comercialização de ordenhadeiras mecânicas e tanques de resfriamento para armazenamento do leite. A intenção é facilitar para os produtores a adequação à Instrução Normativa 51, um conjunto de regulamentos publicados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que determina parâmetros de identidade, qualidade e aspectos ligados à coleta e ao transporte do leite desde a sua origem até a industrialização.
As vantagens da ordenha mecânica são a redução da mão-de-obra e o aumento da produtividade. Os tanques resfriadores garantem a qualidade do leite, pois o resfriamento é rápido, e a economia no transporte do produto, comenta Ariângelo Fonseca, coordenador do Hospital Veterinário da Unicastelo de Fernandópolis, que ministrou, no Encontro, as dinâmicas de manejo na ordenha e manejo sanitário. Porém, os cuidados de limpeza e manutenção das ordenhadeiras mecânicas e dos tanques resfriadores devem ser mais criteriosos do que os exigidos na ordenha e armazenamento convencionais, ressalta Fonseca.
Benefícios – Irrigação garante autosustentabilidade para a pecuária leiteira
A irrigação é essencial para que a pecuária leiteira regional tenha autosustentabilidade. É o que defende José Carlos Rossetti, coordenador geral da Cati. A irrigação é a tábua de salvação para os produtores, pois garante leite durante o ano todo. É essencial não apenas para a pecuária leiteira, mas para todas as culturas, destaca. Marcelo Suzuki, da empresa IRRIGATERRA, completa: Os produtores, hoje, necessitam investir em irrigação, pois é a água que, além de suprir as necessidades hídricas, torna a adubação eficiente.
A irrigação, complementada com outras tecnologias, tem garantido resultados satisfatórios para os produtores de leite da região que participam do Projeto de Viabilidade Leiteira em Pequenas Propriedades, realizado pela Cati em conjunto com a Embrapa.
Começamos o programa no ano 2000, com quatro propriedades rurais, nenhuma delas com sistema de irrigação. Hoje, há aproximadamente 30 propriedades inseridas no Projeto e sete já são irrigadas, diz o engenheiro agrônomo José Sabino Júnior, da Cati de Fernandópolis. Ele destaca que, antes do Projeto, eram mantidos de seis a sete animais adultos por hectare; atualmente, são 13 animais adultos, em média, por hectare.
As dificuldades dos pequenos e médios produtores de leite são a falta de água na propriedade ou a falta de recursos financeiros. Porém, as primeiras reservas de dinheiro que eles obtêm são destinadas para a irrigação, aponta Sabino.
Redação e fotos: Ester Alkimim Zanco