Avanços nas tecnologias de irrigação

19/06/2005

Sobre as tecnologias nos processos irrigados, o vice-presidente da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação, Pedro de Oliveira Garcia, disse que muitos foram os avanços nos últimos anos nas técnicas de aspersão mecanizada (pivôs centrais); convencional, mais utilizada na pastagem, com a subdivisão em carretel (cana-de-açúcar e laranja); sistemas localizados (agregado a micro-aspersão e ao gotejamento) e o de inundação, com o Rio Grande do Sul assumindo o maior estado irrigado, em função da cultura do arroz.
“Os sistemas mecanizados e localizados como um todo evoluíram. Existe um destaque, talvez, de uns anos para cá, para o localizado porque passou a ocupar um espaço maior. Mas, todos já podem ser vistos em diversas culturas, sendo que cada uma requisita um específico, sem que um seja melhor do que o outro.”
Para o agrônomo e gerente comercial da IRRIGATERRA, Marcelo Akira Suzuki, a automação do sistema de irrigação é o destaque. “Acredito que este seja uma das principais evoluções neste setor. O aspecto interessante é que esta evolução realmente chegou ao produtor, principalmente, para o pequeno. Hoje, é possível a automação e a observarmos em inúmeras áreas, onde é possível fazer o controle da irrigação de forma automática.”
Garcia considerou que o produtor brasileiro tem toda a tecnologia do mundo no que se refere à irrigação aqui no Brasil, tanto por meio de empresas nacionais quanto estrangeiras. Grande parte das de origem nacional evoluiu e as que foram lançadas fora do País hoje podem ser encontradas aqui.
“Existindo recursos e finaciamento em longo prazo, certamente o produtor vai se desenvolver. O problema é que, principalmente, nesta época do ano existe a descontinuidade do finaciamento agrícola. Estamos na entresafra e é neste momento que são alocados recursos para vários ministérios, como por exemplo, o da Agricultura. Para esta alocação existe um processo burocrático e é quando ocorre a paralisação”.
De forma específica, no Estado de São Paulo existe a linha do SEAP, que oferece juros de 4% ao ano. recentemente (na Agrishow/Ribeirão), foi solicitado à Secretaria da Agricultura que esta linha seja ampliada para atender os processos de irrigação. O aumento de limites de prazos também doi solicitado.

Elizandra Manfrim. Diário de Votuporanga, Caderno Economia, 19 de Junho de 2005, p. A4.

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